domingo, 15 de maio de 2011

Olá a todos! (Quarta, 20 Abril 2011, 18:23)

Já que fomos convidados a dialogar sobre algumas questões colocadas pela professora Daniela, começo por pegar na questão de "Os nativos digitais: preferem jogos a trabalho "sério" ", visto que como docente e lidando no dia a dia com nativos digitais, posso dizer que é bem verdade esta afirmação, e dou o meu exemplo por experiência própria que já utilizei jogos pedagógicos através do uso do "HotPotatoes", nomeadamente a realização de jogos de palavras cruzadas com conteúdos didácticos e que a recepção da parte dos alunos foi fantástica e estes estão sempre à espera de exercícios deste tipo, até porque vão tendo acesso às pontuações dos resultados e levam às vezes isto como uma "competição" entre colegas para ver quem consegue responder correctamente e mais rápido. (Este tipo de exercícios costumo aplicar através do Moodle.)

Outro exemplo e seguindo a lógica da Clara, que falou na "diversão da aprendizagem" e da lógica de se aprender melhor se houver motivação inserindo a aprendizagem num contexto divertido, deixo outro exemplo que fiz com os meus alunos, sendo professora de TIC e ao leccionar PowerPoint que hoje em dia, já todos os alunos conseguem minimamente realizar uma apresentação por mais básica que seja, coloquei-lhes o desafio de realizarem em PorwerPoint um jogo do género "Quem quer ser milionário" em que a adesão destes foi excelente e nunca foi deixada de lado a pedagogia, porque desta forma tiveram de aplicar todos os conteúdos leccionados (som, imagens, botões de acção, formas automáticas, efeitos de animação, etc) e obtive resultados surpreendentes, ainda mais porque foi um trabalho interdisciplinar, visto que as questões do "jogo" eram relacionadas com todas as disciplinas do 3º ciclo.

Segundo Marc Prensky "Os professores de hoje têm de aprender a comunicar na linguagem e estilo dos seus alunos. Isso não significa mudar o sentido do que é importante, ou de habilidades de pensamento bom." e isto é o que eu tenho tentado seguir...

Concordo com os estudos que foram feitos por Kennedy et al., 2006 ou Kvavik et al., 2005, que deixam em causa a afirmação que todos os nativos digitais gostam de jogos e passam muitas horas a jogar, uma vez que toda a gente sabe que é o género masculino que passa o maior tempo nos computadores a jogar e não ambos os géneros, por isso aqui é mesmo uma questão de géneros... Não significa que ambos não passem muitas horas no computador, só que a fazer coisas completamente distintas.

Quando se fala em "utilização eficaz", não significa que apenas os nativos digitais o coneguem, visto que alguns imigrantes conseguem alcançar a mesma eficácia em alguns aspectos que os nativos, no entanto poderão é ter de perder mais tempo a conseguir essa eficácia, mas conseguem!

Quanto ao perfil do estudante digital, quando se diz que este é de "forma diferente" significa que não seguem a forma tradicional e que existe mudança. Os elementos que constituem essa diferença são as NTIC.

Será que posso dizer que sou um "Estudante Digital" uma vez que COMUNICO através da Internet com outras pessoas, LIGO-ME através de redes e COLABORO na partilha de materiais pedagógicos com outros colegas, utilizando ferrametas colaborativas?! No entanto, também sinto a necessidade de imprimir alguns documentos na qual tenho de reflectir sobre os mesmos...

Daniela Santos

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